sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Grupos bancários Citigroup e Wachovia negociam possível fusão

O banco Wachovia (quarto maior dos Estados Unidos) iniciou negociações preliminares com o Citigroup sobre uma possível fusão, conforme o site do jornal norte-americano "The New York Times" nesta sexta-feira. As negociações estão em fase inicial. Mas, nenhum acordo deve sair delas ainda, disseram fontes envolvidas no assunto à publicação. O Wachovia, um grande banco com sede em Charlotte, está no meio das tensões sobre o sistema financeiro nas últimas semanas e voltou à cena nesta sexta-feira, após a compra do Washington Mutual pelo JPMorgan Chase. Se o negócio se concretizar, o Citigroup vai se associar a um dos mais importantes bancos de varejo nos Estados Unidos. Na semana passada, fontes ouvidas pelo "The New York Times" também disseram que o banco norte-americano Morgan Stanley considerava uma eventual fusão com o Wachovia ou mesmo algum outro banco. O Morgan Stanley interrompeu as negociações de uma eventual fusão com o Wachovia depois que o Federal Reserve aceitou a proposta de transformar o Morgan e o Goldman Sachs em holdings. O estopim da crise financeira ocorreu no dia 15, com a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers; com a venda do Merrill Lynch ao Bank of America, e com a ajuda à seguradora AIG de US$ 85 bilhões do Fed. No último dia 20 o presidente George W. Bush propôs um resgate de US$ 700 bilhões para o setor financeiro durante dois anos. O plano daria ao secretário do Tesouro, Henry Paulson, autoridade para comprar até US$ 700 bilhões em ativos relacionados às hipotecas para dissipar a grave crise financeira. O pacote também permitirá aumentar o limite da dívida pública para US$ 11,3 trilhões e conceder ao secretário do Tesouro a autoridade para comprar, vender e manter hipotecas residenciais e comerciais, assim como garantias baseadas nessas hipotecas.