sexta-feira, 5 de setembro de 2008

JUIZ E PROMOTOR AMIGOS DO SUSPEITO DE MANDO ATUAM NO PROCESSO

Mauri Martinelli, efetivamente, precisa ter um assistente de acusação no processo em que está indiciado como réu apenas o pistoleiro que tentou matá-lo, o presidiário Alexandre Ribeiro, que foi preso junto com a arma que usou para a tentativa de assassinato, uma pistola Glock austríaca calibre 38. No último dia 18, Mauri Martinelli recebeu na casa onde está morando, com seus pais, uma ligação telefônica da Oficial de Justiça Tereza Inês Flores de Godoi. Ela pedia para ele comparecer ao Fórum de Estância Velha para receber uma intimação para audiência. Mais ainda, por telefone, ela leu uma lista de nomes, de pessoas que são testemunhas de Mauri Martinelli, dizendo que ele deveria avisá-las para que elas fosse ao Fórum buscar suas intimações. Na verdade, trata-se de pessoas que foram arroladas no inquérito policial. Isso já mostra o tom da condução do processo no qual é acusado o autor da tentativa de assassinato do jornalista Mauri Martinelli. Começa por uma oficial de Justiça deixando de fazer o que é seu ofício, bater sola de sapato na rua para fazer as intimações. Na tarde do último dia 19 (terça-feira), Mauri Martinelli foi até o Fórum de Estância Velha acompanhado por seu pai, Ivo Martinelli, e pela irmão, Elaine Marlei Martinelli. Só então ficou sabendo que a audiência deverá ser com o autor do atentado contra ele, realizado no dia 17 de agosto de 2006. Nesse dia, Martinelli foi atingido por cinco balas que perfuraram o seu corpo, e mais duas que pegaram de raspão, sendo que as duas primeiras foram disparadas pelas costas. Conforme a perícia realizada, de uma distância de cerca de 1m50cm.