terça-feira, 9 de setembro de 2008

Maria da Conceição Tavares ressuscita e diz que estatização nos Estados Unidos "o enterro do neoliberalismo"

A economista petista Maria da Conceição Tavares ressuscitou de seu ostracismo e afirmou nesta segunda-feira que que a intervenção do governo dos Estados Unidos nas duas maiores empresas de hipotecas do país representa o "enterro do neoliberalismo". No domingo o governo norte-americano anunciou uma ajuda de até US$ 200 bilhões para as gigantes hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac. "É fantástico o país mais liberal do mundo ter de estatizar. É o enterro do neoliberalismo de uma maneira trágica", afirmou Maria da Conceição Tavares. A economista comparou a operação ao Proer, programa de socorro a instituições financeiras realizado no primeiro governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. "Custou uma fortuna", afirmou, em relação à intervenção dos Estados Unidos: "O nosso Proer foi mais baratinho”. O ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser Pereira afirmou também que a intervenção é "o fim do neoliberalismo". Segundo ele, a crise deve provocar o ressurgimento de uma nova onda desenvolvimentista, como ocorreu após a crise de 1930, com maior participação do mercado na economia. "Essa crise marca o fim da onda neoliberal", afirmou: "É fundamental que haja uma intervenção do Estado”. Maria da Conceição Tavares é aquela profetisa que foi à televisão brasileira, em cadeia nacional, dramática, chorando, para defender o fracassado Plano Cruzado, do falecido ministro da Fazenda, Dílson Funaro. Ela é a “mãe” dos fiscais do Sarney. Todo mundo sabe em que buraco o Plano Cruzado, tão estimado por Maria da Conceição Tavares, jogou o Brasil.