domingo, 7 de setembro de 2008

Metalúrgicos paulistas rejeitam aumento real de 2,05% proposto pelas montadoras

Os trabalhadores das montadoras de veículos do Estado de São Paulo rejeitaram na sexta-feira um acordo de aumento real de 2,05% proposto pelas montadoras, além da reposição da inflação dos últimos 12 meses. Conforme Vivaldo Moreira, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, esse índice está abaixo do conquistado pela categoria no ano passado, mesmo com os recordes de vendas de veículos. Segundo Vivaldo, nas fábricas da General Motors (São José dos Campos), Honda (Sumaré), Toyota (Indaiatuba) e Mercedes-Benz (Campinas) os trabalhadores aguardam as negociações para decidir se vão parar a produção por tempo indeterminado. Na segunda-feira será realizada uma assembléia para discutir a proposta. No ABC, os metalúrgicos de Volkswagen, Ford, Scania e Mercedes-Benz decidiram suspender a realização de horas extras e a produção deste final de semana. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC marcou para este sábado uma assembléia para definir se acontecerá uma uma greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira. O presidente do sindicato, Sérgio Nobre, afirmou ontem que quer aproveitar os recordes de vendas de veículos no Brasil para negociar um reajuste maior para a categoria. "Este ano, a economia brasileira vive um momento ainda melhor do que em 2007, por isso precisamos avançar no índice de reajustes", disse ele.