terça-feira, 9 de setembro de 2008

Oposição ao cocaleiro trotskista Evo Morales fecha fronteira da Bolívia com Brasil

Grupos de opositores ao presidente da Bolívia, o cocaleiro trotskista Evo Morales, fecharam nesta segunda-feira as fronteiras com o Brasil na região de Santa Cruz e anunciaram a expulsão dos voluntários e funcionários cubanos e venezuelanos que trabalham nesse Estado autonomista. "As saídas para o Brasil e os postos alfandegários estão fechados, e os escritórios de migração foram tomados", disse o presidente da União Juvenil de Santa Cruz, David Sejas. Segundo ele, a medida será "radicalizada" com sua extensão às outras regiões opositoras. Com os bloqueios de estradas nas regiões de Santa Cruz, Beni, Tarija e Pando, a oposição exige que o governo do cocaleiro trotskista Evo Morales volte a liberar os recursos provenientes de impostos sobre o petróleo, que atualmente são destinados a financiar benefícios para idosos. Há 15 dias, o bloqueio de estradas no leste e no sul da Bolívia provocou uma grave crise no fornecimento de combustíveis aos quatro departamentos. Em Beni, os líderes civis disseram que nas próximas horas "não permitirão" as saídas para o Brasil "por Guayaramerín", ao passo que, em Pando, as pontes Internacional e da Amizade, que fazem ligação com o território brasileiro, também foram fechadas. Segundo Sejas, não estão descartadas a ocupação de aeroportos e o corte nas exportações de gás ao Brasil e à Argentina.