quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Bancos Centrais mundiais tentam impedir recessão global com corte emergencial de juros

Seis dos principais bancos centrais do mundo decidiram, em caráter emergencial, reduzir nesta quarta-feira suas taxas de juros. A medida, adotada depois de meses de injeções diárias de dinheiro, mostra que os governos mundiais estão ficando sem munição para combater uma crise que ameaça ser de escala vista apenas em 1929, na Grande Depressão. Contra a possibilidade de paralisação das economias e a circulação de dinheiro, mobilizaram-se nesta quarta-feira o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Banco do Canadá, Banco da Inglaterra (banco central britânico), BCE (Banco Central Europeu), Sveriges Riksbank (da Suécia) e SNB (Banco Nacional da Suíça). Em um comunicado, o Fed informou que reduziu sua taxa em 0,5 ponto percentual, para 1,5%. O Fed e outros bancos têm colocado no sistema financeiro bilhões de dólares nos últimos meses. O BCE tem feito injeções quase diárias de US$ 50 bilhões para garantir as transações entre os bancos. Em ações coordenadas, os bancos também têm feito ofertas bilionárias para o sistema bancário: no dia 29 de setembro, dez bancos central anunciaram uma oferta de US$ 620 bilhões em liquidez; na terça-feira, em nova ação conjunta, outros seis Bancos Centrais anunciaram leilões de US$ 450 bilhões até o fim do ano para garantir que não ocorra falta de dinheiro.