quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Bovespa afunda e pregão é suspenso , novamente

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) interrompeu o pregão pela sexta vez em pouco mais de 20 dias na sessão desta quarta-feira, mostrando que a volatilidade continua a ser a palavra de ordem nos mercados financeiros. A temporada de divulgação de balanços corporativos reforçou o pessimismo dos investidores sobre a perspectiva de uma recessão global. As oscilações da Bolsa "testaram" os nervos dos participantes do mercado financeiro várias vezes ao dia: por volta das 15 horas, às 16h, para desabar 10,03% às 17h17, quando o "circuit breaker" foi acionado, suspendendo o pregão por meia hora. Devido a essa interrupção, o expediente foi prorrogado para as 18h18. O "after market" foi ajustado para o horário das 19h às 19h30. Em um dia bastante turbulento, o Ibovespa encerrou o pregão em baixa de 10,18%, aos 35.069 pontos. O giro financeiro foi baixo, de R$ 4,42 bilhões. Em Nova York, no epicentro da crise financeiro, a Bolsa despencou 5,69%. A taxa de risco-país disparou 25,83% e atingiu os 677 pontos. "Foi um conjunto de fatores que atuou para derrubar a Bolsa dessa forma. Um desses fatores foi essa medida provisória do governo para estatização dos bancos, que pegou muito mal no mercado. Passou a impressão de que há instituições financeiras realmente com problemas", afirmou Boris Kogan, operador da corrretora Walpires. "O primeiro-ministro britânico, o Gordon Brown, também anunciou que a Inglaterra deve entrar em recessão, justamente uma das maiores economias do mundo. E nós tivemos ainda balanços muito ruins nos Estados Unidos", acrescentou o operador.