sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Bovespa fecha em queda de 3,9% e mercado acumula perda de 25% em seis dias

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) perdeu mais de 25% nos últimos seis dias, sem que o mercado financeiro nacional encontre o "fundo do poço" em preços das ações. Nesta quinta-feira, o mercado não conseguiu sustentar a recuperação vista em boa parte do dia e desabou na última hora de fechamento. O câmbio, após duas intervenções do Banco Central, cedeu para R$ 2,19. O termômetro da Bolsa, o índice Ibovespa, desabou 3,92% e desceu para os 37.080 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,53 bilhões. A Bolsa de Nova York, principal referência global dos mercados de ações, despencou 7,33%. Operadores citaram o pessimismo com o início da temporada de divulgação dos balanços de grandes bancos norte-americanos. Entre os rumores que circularam na mesas de operações, as instituições financeiras devem revelar novos rombos com os créditos "subprimes". Na praça de Nova York, foram justamente os papéis deste setor que arrastaram a Bolsa, com perdas acima de 20%. A notícia que provocou o desabamento dos mercados, no entanto, veio da economia real: a Standard & Poor's rebaixou o "rating" (nota de risco de crédito) da General Motors e colocou a "nota" da Ford em perspectiva negativa (uma sinalização que pode fazer o "downgrade" num futuro próximo). A taxa de risco-país marca 444 pontos, número 5,46% acima da pontuação anterior. As Bolsas européias encerraram os negócios desta quinta-feira no negativo, com investidores ainda bastante preocupados com a possibilidade de uma recessão global. Em Londres, o índice FTSE cedeu 1,21%; o índice alemão Dax caiu 2,53%.