domingo, 26 de outubro de 2008

Fogaça é reeleito prefeito de Porto Alegre

O prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), foi reeleito para ocupar o cargo nos próximos quatro anos. Ele derrotou a candidata petista, a deputada federal Maria do Rosário, por uma ampla margem. Ele derrotou a petista por 58,95% a 41,05%, ou seja, livrou uma vantagem de 16,90%. Após ter vencido o primeiro turno com 43,85% dos votos válidos, José Fogaça esteve sempre na liderança em todas as pesquisas de intenção de voto da segunda etapa da eleição. José Fogaça obteve um total de 470.696 votos, contra apenas 327.799 votos da deputada federal petista Maria do Rosário. Após se impor a Miguel Rossetto nas prévias do PT, Maria do Rosário foi amplamente apoiada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, e pela ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que tiveram uma prévia do que pode estar esperando por eles no Rio Grande do Sul nas próximas eleições. Tarso Genro teve rejeitada pela população da capital gaúcha a candidatura que ele apoiou, na cidade em que ele foi prefeito e depois renegou o mandato conquistado. Foi a segunda derrota consecutiva do PT em Porto Alegre, cidade que o partido governou por 16 anos na sequência. Na derrota, Maria do Rosário ficou sozinha, tendo a companhia apenas de Olívio Dutra. Tarso Genro, que não se mostrou solidário na derrota, tratou de aparecer apenas em Canoas, onde seu braço direito e ex-chefe de gabinete no Ministério da Educação, Jairo Jorge, conseguiu se eleger prefeito. O PT gaúcho agora vai tentar se encastelar em Canoas para sua nova tentativa de alcançar o governo do Estado, em 2010. Apesar de ostentar a fama de cidade mais politizada do Brasil, Porto Alegre mostrou quase um quarto do eleitorado que não se importa pelas eleições. A abstenção ficou em 17,78% do eleitorado, ou seja, 184.747 eleitores não compareceram às urnas para votar. Outros 25.070 eleitores deixaram seus votos em branco. E 30.573 eleitores anularam seus votos. Resumindo: 140.350 eleitores de Porto Alegre, ou 24,30% dos eleitores da capital gaúcha, não fizeram uso do voto, a maior arma do cidadão na democracia. O equivalente a quase um quarto do eleitorado. Mas, se todos estes que não votaram tivessem resolvido votar, e tivessem decidido dar seu voto para a petista Maria do Rosario, ainda assim ela teria perdido a eleição, porque a diferença dela com José Fogaça foi de 142.897 votos.