sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Governador José Serra denuncia que protesto dos policiais foi eleitoreiro e comandado pelo PT

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou nesta quinta-feira que o confronto entre policiais civis em greve e a Polícia Militar, ocorrido na tarde desta quinta-feira nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes, foi um ato realizado pela minoria da Polícia Civil e que teve motivação político-eleitoral. Os grevistas rebateram as declarações do governador. "Nessa manifestação estiveram cerca de mil pessoas, e a Polícia Civil tem 35 mil efetivos. Portanto trata-se de minoria. Mais ainda, nem todos que estão na manifestação são da Polícia Civil. Tem CUT, Força Sindical, outros sindicatos, partidos políticos, deputados de outros partidos, todos chamando para a manifestação, com uso claramente político-eleitoral", disse José Serra. Os policiais civis entraram em confronto com a Polícia Militar nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes por volta das 16 horas. A intenção dos policiais civis, em greve há um mês, era pressionar o governo a retomar as negociações e, para isso, pretendiam invadir o Palácio Bandeirantes. Um coronel da Polícia Militar tentou argumentar com os policiais civis que eles não poderiam prosseguir na passeata. Foi cercado e agredido. Um policial civil paulista, gordo, de camisa pólo verde, deu um tabefão forte na cabeça do coronel, por trás, jogando longe o seu boné. Ali acabou a conversação. A Polícia Militar precisou atirar para conter os terroristas da Polícia Civil comandados pela CUT e pela Força Sindical, representada pelo ultra-probo deputado federal Paulinho da Força Sindical. O confronto resultou em 22 policiais feridos. O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), criticou o confronto entre policiais civis em greve e integrantes da Polícia Militar. Para ele, o incidente teve um cunho político, uma vez que faltam apenas dez dias para a realização do segundo turno das eleições municipais. Guerra acusou o PT de incitar os conflitos. "Estão tentando criar incidentes para tentar mudar a definição das urnas", afirmou Guerra, em plenário, numa referência à disputa política envolvendo o prefeito que tenta a reeleição, Gilberto Kassab (DEM), apontado como favorito pelas pesquisas de opinião, e a candidata do PT, a ricaça Marta Suplicy.