quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Oposição retomar oposição, contra o Fundo Soberano

O plenário da Câmara volta a ficar encrespado nesta quarta-feira. Vai a voto o projeto de lei 3674, que cria o Fundo Soberano do Brasil. Algo “essencial”, conforme governo Lula, e completamente “desnecessário”, segundo a oposição. Reunido com líderes partidários nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tentou demover as resistências ao projeto, sem sucesso. Apesar da falta de acordo sobre o tema, o presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), decidiu manter a votação da proposta. O DEM acena com a retomada da tática da obstrução. Deve ser acompanhado pelo PSDB, também contrário à criação do fundo. Em minoria, a oposição não dispõe de votos para prevalecer sobre o consórcio partidário que dá suporte a Lula na Câmara. Mas, esgueirando-se pelas frinchas do regimento interno da Câmara, a oposição dispõe de munição para infernizar a vida do governo, retardando a votação a mais não poder. A obstrução pode impedir que a votação ocorra nesta quarta-feira, e na quinta-feira os deputados debandam de Brasília. Assim o assunto seria catapultado para a próxima semana, já conturbada pela votação, na quarta-feira, da MP 443, que autoriza Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal a comprar ações de bancos. Como se não fosse suficiente, a pauta da sessão desta quarta-feira inclui outros projetos intragáveis para o momento. Prevêem a criação de 7.938 novos cargos na administração pública. São 2.800 vagas de professor universitário, 5.000 cargos técnicos em universidades federais e 138 postos no ministério da Integração Nacional.