segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Serra, Fernando Henrique Cardoso e Kassab criticam motivação eleitoral de confronto entre polícias de São Paulo

Ao lado do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o governador José Serra (PSDB) reafirmou na sexta-feira que o confronto da quinta-feira, entre policiais civis e militares, teve motivação política . O governador acusou o presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT), de ter planejado o protesto. Na quinta-feira, uma manifestação de policiais civis, em frente ao Palácio dos Bandeirantes, terminou em violência promovida pelos policiais grevistas. A polícia militar impediu os insubordinados, todos armados, e todos usando equipamentos públicos, de se aproximarem da sede do governo. "O evento foi programado, proposto como forma de organização pelo Paulinho da Força Sindical, que é um deputado envolvido em escândalos, que tem processo de cassação em andamento e quer pôr uma cortina de fumaça ao redor disso", disse o governador José Serra. Já o prefeito Gilberto Kassab não afirmou que sindicatos estejam usando a greve para tirar proveito eleitoral, mas disse que eles colaboraram para deixar a situação mais tensa. "Acho lamentável se tiver ocorrido uso eleitoral no confronto das polícias. É público que alguns parlamentares e sindicatos, que são agentes externos da polícia, participaram deste movimento, procurando turbinar ao invés de jogar água fria", disse ele. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse acreditar que houve "influência eleitoral", mas não acredita que os acontecimentos irão influenciar a disputa pela prefeitura da capital. "Não acredito que perturba o quadro eleitoral porque a população de São Paulo é madura e sabe separar a reivindicação utópica da decisão que é de interesse deste conjunto da população da polícia", disse Fernando Henrique Cardoso.