quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Tucanos chamam Marta de baixo nível; ex-marido Suplicy diz que recomendou tirar propaganda do ar

Integrantes do comando nacional do PSDB saíram em defesa do prefeito Gilberto Kassab (DEM) nesta terça-feira no episódio em que a candidata à prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PT) usou sua propaganda eleitoral para questionar a vida pessoal do adversário. Da tribuna do Senado, os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Papaléo Paes (PSDB-PA) fizeram uma série de discursos em desagravo a Kassab. Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, disse que a propaganda contra Kassab é antidemocrática, desrespeitosa e autoritária.O senador acusou o PT de "baixo nível" ao levantar dúvidas sobre a vida pessoal do candidato. "Partido que tem coragem não usa esses instrumentos. Coragem de agredir, de tentar desmoralizar, de diminuir. Coragem coisa nenhuma. Essa é a arma dos covardes. Não insistam nessa política porque é o prenúncio de uma outra que podemos ter que enfrentar de agora para frente, todos nós. Não podemos permitir que a campanha Marta Suplicy possa atuar dessa maneira numa capital do tamanho de São Paulo", afirmou ele. Arthur Virgílio, por sua vez, disse que a ricaça petista Marta não tem "direito" de fazer insinuações a respeito da orientação sexual de Kassab pelo seu histórico em defesa dos homossexuais. "Eu custo a crer que ela tenha caído nessa baixeza, porque a ex-prefeita Marta Suplicy já tirou mais retrato em passeata gay no Dia do Orgulho Gay do que qualquer drag queen. É uma figura fácil, desfila em todas, externando o que parecia uma visão progressista da questão comportamental”. O líder do PSDB no Senado disse acreditar que a estratégia da ricaça petista Marta Suplicy foi encomendada pelo seu marqueteiro de campanha, mas com o aval da própria candidata. "Eu quero achar que foi burrice mesmo, estupidez do seu marqueteiro e estultice dela própria, que parece que não toma conhecimento do que se passa na campanha dela", afirmou Arthur Virgílio. O senador Tasso Jereissati, ex-presidente do PSDB, disse que o PT "não tem limites” quando o seu objetivo é assumir o comando da capital paulista. "Eu nunca esperei, eu nunca pensei que se pudesse chegar a esse ponto a que se chegou em São Paulo. Esse episódio agora de São Paulo é simbólico, quando se entra numa baixaria, num nível abaixo de zero, em nome de uma luta por um poder municipal", afirmou. Saiu em defesa da ricaça petista Marta Suplicy o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), seu ex-marido. Ele disse que recomendou à candidata para não repetir a propaganda contra Kassab: "Teria sido uma iniciativa dos responsáveis pela campanha. Recomendei fortemente aos responsáveis pela campanha e a ela própria que retirem do ar”. Suplicy disse que "integrantes de peso" do PT reconheceram que houve erro na campanha da candidata no episódio da propaganda contra Kassab: "São muitos os companheiros de grande peso do PT que estão afirmando: “um erro foi cometido”. “Quando se comete um erro, procura-se refletir a respeito", afirmou ele.