quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Chanceler de Israel alerta para perigo fundamentalista na América do Sul

A Ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, está muito preocupada com as atividades do Irã na América do Sul, compreendendo um número elevado de funcionários em suas embaixadas, que poderiam participar em atos de terror, de acordo com uma avaliação feita por seu ministério. A semana passada marcou os 13 anos do ataque ao edifício da comunidade judaica em Buenos Aires, a AMIA, em que 85 argentinos foram mortos e mais de 300 ficaram feridos. Há alguns meses, um juiz argentino determinou que o Irã e o Hezbollah foram os responsáveis pelo ataque, e a Interpol emitiu pedidos de prisão internacionais para sete oficiais superiores iranianos e para Imad Mughniyed, chefe da unidade islâmica do Jihad do Hezbollah, assassinado em fevereiro de 2008, em uma misteriosa explosão em Beirute. Os peritos em segurança vêem, há anos, considerando as áreas fronteiriças entre Paraguai, Argentina e Brasil como um foco do terror dos iranianos e do Hezbollah. O Irã tem aberto embaixadas na Nicarágua, Equador e Chile, e tem aumentado laços comerciais e visitas por oficiais militares a estes países. O Irã igualmente ampliou suas missões na Venezuela, Uruguai, México e Colômbia. A ministra Tzipi Livni disse que estas embaixadas têm um numero astronômico de diplomatas, absolutamente desproporcional às suas necessidades. Na Nicarágua, por exemplo, há 30 diplomatas iranianos, com um número similar na Venezuela e em outros países. Israel teme que eles sejam agentes dos serviços de informação igualmente envolvidos no terror. Jerusalém está igualmente alerta com a aliança emergente entre o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad e o presidente venezuelano, o tiranete caribenho Hugo Chavez. Nos últimos dois anos, Chávez foi a Teerã seis vezes, e Ahmadinejad visitou Caracas duas vezes. Um vôo direto entre Teerã e Caracas, que reabastece em Damasco, já transportou milhares de iranianos. Livni acrescenta que, de acordo com relatórios internacionais dos serviços de segurança, a Venezuela pretende vender urânio ao Irã para avançar o programa nuclear dos iranianos, e tem forjado documentos para transporte de equipamentos que envolvem o programa nuclear do Irã. A Venezuela igualmente pretende ajudar a produção de energia nuclear pelo Irã, ao vender óleo destilado para esta finalidade. Por causa dos fundos iranianos no Exterior que foram congelados, Teerã está transferindo algumas de suas contas para bancos venezuelanos. O Irã é fornecedor de armas para a Venezuela, e suporta o programa de armamento de Chávez. Israel tem dito para alguns países latino-americanos que o Irã está pondo em perigo a paz no mundo com o terror e com seu programa nuclear. Alguns países demonstraram interesse no assunto e pediram dados de inteligência e contra-terrorismo a Israel. Aí está, é óbvio que o tiranete de fancaria do Caribe está expondo a América do Sul a grande perigo, com seus delírios de poder.