quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Colômbia ameaça prender empresários que não devolverem dinheiro captado ilegalmente

O governo colombiano reiterou em comunicado nesta terça-feira os esforços para recuperar os depósitos na crise das "pirâmides" e afirmou que as empresas que não devolverem o dinheiro captado de forma ilegal estarão cometendo delito "sem direito à liberdade". O fenômeno das "pirâmides", como são conhecidos os esquemas de captação de dinheiro, entrou em crise na semana passada quando começaram a desaparecer os responsáveis por vários escritórios que recebiam dinheiro em moeda em troca de pagar juros de até 300%. Na segunda-feira, o governo da Colômbia decretou estado constitucional de emergência social para enfrentar a crise iniciada pelo colapso dos mecanismos financeiros ilegais. No comunicado, a Presidência colombiana afirmou que as leis locais permitem que os fiscais "suspendam a ação penal contra quem manifestar a vontade de devolver o dinheiro e efetivamente devolvê-los". O estado de emergência social permite, no prazo de 30 dias, que o governo tome atitudes de urgência, depois que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, admitiu, há poucos dias, que as autoridades tinham demorado a reagir. As medidas incluem quatro decretos, um dos quais aumenta a pena para captação ilegal de dinheiro. A captação massiva não autorizada de recursos terá pena de dez a vinte anos de prisão e multas e não permite habeas corpus.