sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Governo federal cancela contrato com os 44 policiais que faziam a segurança do Trensurb

O ministério das Cidades decidiu cancelar o contrato com os 44 policiais militares da reserva da Brigada Militar (policia militar do Rio Grande do Sul) que faziam a segurança do Trensurb (metrô de superfície que liga Porto Alegre a São Leopoldo, na região metropolitana), entre as Estações Mercado e São Leopoldo. A informação foi confirmada pelo gerente de convênios da empresa, Édson Santos. Os serviços eram mantidos por um convênio entre Secretaria de Segurança Pública e o Ministério das Cidades, com o Estado cedendo os policiais e o governo federal pagando R$ 1,1 mil reais para cada um dos servidores. O acordo havia terminado em agosto e foi prorrogado por mais dois meses. Como o prazo final encerrou nesta quinta-feira, ele não foi renovado. De acordo com Santos, o departamento jurídico do Ministério informou que a segurança pública é papel do Estado e não do governo federal. Os policiais trabalhavam das 19h até as 7h. O cancelamento do contrato foi bastante criticado pelos diretores da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar. O secretário geral da entidade, Ricardo Agra, lamentou a decisão e destacou que os crimes no Trensurb haviam diminuído. Os PMs faziam a segurança do Trensurb desde 2005. Esse contrato é muito discutido, porque a segurança do Trensurb é comandada por um oficial da Brigada Militar, apontado como membro do PT. E esta segurança do metrô gaúcho estaria sendo vista em alguns setores como uma espécie de milícia petista.