domingo, 9 de novembro de 2008

Justiça aceita denúncia contra ex-número 2 da Polícia Federal

A Justiça Federal do Amapá aceitou denúncia contra o ex-diretor-executivo da Polícia Federal, Romero Menezes, suspeito de ter vazado a Operação Toque de Midas, deflagrada pela Polícia Federal em julho. A operação foi realizada em 11 de julho para investigar se o governo amapaense beneficiou a MMX, de propriedade do empresário Eike Batista, durante a licitação da Estrada de Ferro do Amapá. A ferrovia era utilizada pela empresa para transportar minério extraído na região de Pedra Branca do Amapari para o porto de Santana (AP). As atividades da MMX no Estado foram vendidas para a mineradora Anglo American em agosto por R$ 5,4 bilhões. A denúncia, oferecida em 28 de outubro pelo Ministério Público Federal, também aponta envolvimento de José Gomes de Menezes Júnior, irmão de Romero Menezes, no vazamento. José Gomes trabalha no ramo de segurança privada e limpeza. Ele prestava serviços no Amapá para a MMX. Os dois foram presos em setembro a pedido do Ministério Público. Na última quarta-feira, a Justiça Federal expediu as citações aos irmãos Menezes. No mesmo dia, o juiz federal Anselmo Gonçalves da Silva abriu ação penal contra ambos. A denúncia do Ministério Público os coloca como responsáveis pelos crimes de violação do sigilo funcional e concussão (quando um funcionário público utiliza o cargo para uma vantagem indevida a si mesmo ou a outra pessoa).