sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A marolinha de Lula começa a parar a economia nacional

Resultados abaixo das expectativas, projeções de vendas menores, cortes de ratings, demissões, diminuição de investimentos. Atentos a evidências corporativas de que a recessão está ganhando forma, a Bolsa de Valores de São Paulo respondeu com a segunda queda seguida. Acompanhando a tendência internacional, o Ibovespa mergulhou 3,77%, para 36.361 pontos, passando a registrar perda no acumulado do mês. O movimento se deu nesta quinta-feira, em uma sessão de giro financeiro curto, com apenas 3,97 bilhões de reais. No Brasil e no Exterior, os motivos para pessimismo foram abundantes. Nos Estados Unidos, a Cisco, fabricante de equipamentos de rede de internet, abriu o dia anunciando que espera resultados mais fracos. Em seguida, grandes varejistas do país reportaram vendas mais fracas do que o esperado por analistas. Nesse aspecto, o corte agressivo do juro na Grã-Bretanha, seguido de flexibilização monetária na União Européia, foi visto como sinal de que mais notícias sombrias estão por vir. Em São Paulo, o dia começou mal, com a incorporadora imobiliária Abyara anunciando demissões e suspensão de novos empreendimentos, e terminou com a ArcelorMitall avisando que vai reduzir a produção de aço na fábrica de Tubarão em 35%, devido à demanda fraca. O setor de construção civil foi o mais castigado. A Gafisa perdeu 19%, para 12,46%. Cyrela caiu 17,8%, cotada a 9,70 reais. O setor de siderurgia também foi bastante penalizado. A Companhia Siderúrgica Nacional desabou 7,5%, para 24,61 reais. A Usiminas diminuiu 6,4%, a 24,50 reais. Seguindo a desvalorização do barril de petróleo, a Petrobras engrossou a pressão sobre o Ibovespa, cedendo 5,6%, avaliada em 22,90 reais.