domingo, 23 de novembro de 2008

Oito jovens judeus condenados em Israel por práticas neonazistas

O impensável aconteceu. Oito jovens judeus israelenses foram condenados neste domingo a penas entre um e sete anos de prisão por pertencerem a um grupo neonazista e atacar brutalmente usuários de drogas, homossexuais, imigrantes e religiosos que usam kipá. Os jovens, com idades entre 16 e 21 anos, a maioria imigrantes de países da antiga União Soviética, foram declarados culpados pelo Tribunal do Distrito de Tel Aviv por agressão, conspiração para cometer assassinato e incitação ao racismo. Todos eles pertenciam a uma célula neonazista autodenominada "Patrulha 36", com base na localidade de Petah Tikva, que operava no centro do país e se reunia habitualmente para consumir bebidas alcoólicas, tirar fotos com o braço erguido, como na saudação nazista, e discutir sobre a ideologia nazista. Os oito adolescentes tinham planejado celebrar uma cerimônia no Museu do Holocausto (Yad Vashem) para comemorar o aniversário de Adolf Hitler e "lhe jurar fidelidade e prometer preservar a raça branca até sua última gota de sangue". Na sentença, o juiz Zvi Gurfinkel disse que os jovens realizaram "ações horríveis que nenhum judeu pode aceitar". Segundo o juiz, o fato dos neonazistas "serem judeus, terem emigrado para Israel e adotado teorias racistas é muito grave". "Não é possível para esta Corte ser indulgente, apesar das circunstâncias e da juventude dos acusados", afirmou a sentença.