sábado, 8 de novembro de 2008

Polícia Federal nega quebra de sigilos telefônicos sem autorização judicial durante a Operação Satiagraha

A Polícia Federal negou nesta sexta-feira que tenha realizado quebra de sigilos telefônicos sem autorização judicial durante a Operação Satiagraha, deflagrada em julho deste ano. Em nota oficial, a Polícia Federal admite que pediu informações à operadora Nextel, mas nega se tratar de dados sob sigilo, incluindo telefones de jornalistas. A Polícia Federal afirma que apenas solicitou à Nextel para informar a localização das torres de retransmissão da empresa situadas próximas à Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, e aos principais endereços que foram alvo de busca da operação. Reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira afirma que, na investigação aberta para apurar o vazamento de informação da Operação Satiagraha, a Polícia Federal conseguiu, sem autorização judicial, a quebra do sigilo telefônico de dezenas de aparelhos da Nextel utilizados na madrugada em que a operação foi deflagrada. O objetivo foi identificar os aparelhos usados por jornalistas da TV Globo. Segundo a Folha apurou, a Polícia Federal queria descobrir se o delegado Protógenes Queiroz, que comandou a Operação Satiagraha, ou algum dos seus subordinados, avisou os repórteres sobre a operação.