sábado, 8 de novembro de 2008

PT conclui que partido deve rever tratamento dado a eleitores da classe média

Após as eleições municipais, a cúpula nacional do PT concluiu nesta sexta-feira que deverá rever o tratamento destinado aos eleitores da classe média. A idéia é tentar uma estratégia de campanha já para 2010, uma vez que aumenta a defesa entre os petistas para lançar a candidatura única da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na disputa à sucessão do presidente Lula. Na primeira etapa das discussões, vários integrantes do comando do partido reclamaram do sentimento anti-PT que perceberam nos municípios do centro-sul do país. Na abertura dos debates, o vice-presidente nacional da legenda, Marco Aurélio “Top Top” Garcia, assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, foi o primeiro a dar o alerta sobre o chamado "sentimento anti-PT". Garcia fez uma defesa veemente sobre a necessidade de dar mais atenção à classe média. "O partido precisa ter mais substância programática. É necessário avaliar os resultados das eleições municipais para analisar o cenário para 2010", disse “Top Top” Garcia. "Nós temos uma tarefa de esforço intelectual, mas é substancialmente uma tarefa política", reiterou ele. Já o prefeito de Recife (PE), João Paulo, afirmou que é fundamental também mudar a relação do PT com a imprensa e até mesmo com os partidos de oposição. Segundo o prefeito, é necessário saber reagir de maneira pragmática às críticas oposicionistas e dos veículos de imprensa. O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), disse ainda que o ideal é reunir a disposição de rever o tratamento com a classe média, observar também outros setores da sociedade, como os jovens e os líderes de movimentos sociais.