quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Tarso Genro minimiza polêmica sobre a responsabilização de crimes de tortura

O ministro da Justiça, Tarso Genro, minimizou nesta terça-feira a polêmica em torno da responsabilização dos crimes de tortura ocorridos durante a ditadura militar (1964-1985). O peremptório Tarso Genro evitou contestar a interpretação do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, que é contrário à retomada das discussões sobre o assunto e a eventual revisão da Lei de Anistia. "É uma visão do ministro Gilmar Mendes, que faz parte do debate jurídico e político do País. Tem de ser recebido com toda a naturalidade", afirmou Tarso Genro peremptóriamente. Já o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, também tentou escapar do assunto. Segundo ele, o tema deve ser debatido no Congresso Nacional e Legislativo. De acordo com o ministro, o assunto não pode ser "ideologizado": "Eu respeito as leis, o Parlamento faz as leis e o Judiciário deve interpretá-las. Eu acho que essa discussão deve ser feita no âmbito do Parlamento e do Judiciário. Deve ser desideologizada porque cada um acha uma coisa diferente. Quem faz as leis é o Parlamento e cabe ao Judiciário interpretar as leis".