segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Ao menos 80 projetos propondo plebiscitos dormem nas gavetas do Congresso Nacional

Nas gavetas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal repousam pelo menos 80 projetos propondo plebiscitos sobre temas polêmicos. Tratam, por exemplo, da instituição do voto facultativo, redução da maioridade penal e legalização do aborto, mas enfrentam fortes resistências dos parlamentares para serem aprovados. Aliás, não há coisa que causa mais ojeriza em um político do que um plebiscito, ou seja, da manifestação direta do eleitor sobre qualquer assunto. Parlamentar gosta mesmo é de um mandato que lhe dê o direito de decidir sobre qualquer coisa, inclusive sobre a vida dos cidadãos. Como justificativa para essa repulsa aos plebiscitos, à expressão direta da vontade popular, os parlamentares alegam os altos custos. Engraçado, na Suíça são feitos plebiscitos quase toda semana, e ninguém nunca falou sobre os custos dos mesmos. Nos Estados Unidos, cada eleição leva junto uma série de plebiscitos. Mas, é claro, entre as propostas de plebiscito que mais tem chance de ser aprovada está aquela que prevê uma consulta à população brasileira se ela estaria de acordo com a realização de uma revisão constitucional. Naturalmente, nessa revisão constitucional com a qual sonham os petistas, que seria feita, novamente, apenas pelos “eleitos dos deuses”, ou seja, os parlamentares, o Brasil se tornaria uma grande Venezuela, adotando a reeleição continuada do genial “condottiere” Lula. Não por acaso a idéia partiu do genialissimo deputado federal Flávio Dino (PCdoB-MA) e deveria ocorrer em 2011. Na última chance que a população brasileira teve para se manifestar no Brasil as classes dirigentes tomaram um susto, de cima até embaixo. De Roraima ao Rio Grande do Sul, o País inteiro foi contra o desarmamento. Mas o PT, seus partidos aliados, a Rede Globo e o resto da elite era a favor do desarmamento.

Nenhum comentário: