sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Empreiteira Queiroz Galvão aceita concluir rodovia na Bolívia

A construtora brasileira Queiroz Galvão aceitou completar um polêmico projeto rodoviário na Bolívia, abandonando reivindicação de cobrar 20% a mais do que o preço original da obra, informou nesta quinta-feira o governo boliviano. O ministro das Obras Públicas, Oscar Coca, disse que a construtora comunicou sua decisão de concluir a estrada de mais de 400 quilômetros entre as cidades de Potosi e Tarija em um prazo de 28 meses e mediante o preço acertado de US$ 226 milhões. "A empresa desistiu de seu pedido para um pagamento adicional de US$ 45 milhões, embora tenha pedido que o governo acerte um pagamento relativo a uma decisão de vários anos atrás tomada por um tribunal arbitral e que não tem relação direta com o projeto rodoviário em questão", declarou Coca. A presidente da estatal Administradora Boliviana de Estradas (ABC), Patricia Ballivián, afirmou que o governo vai fazer o pagamento, que é de cerca de US$ 15 milhões, embora tenha alertado que ele será programado de acordo com a "disponibilidade do Tesouro Geral da Nação". O governo havia ameaçado no mês passado rescindir o contrato com a construtora e executar suas garantias por US$ 30 milhões, se a empresa persistisse na reivindicação. O dilema da Queiroz Galvão na Bolívia começou em 2007, quando a empresa foi expulsa pelo presidente cocaleiro trotskista Evo Morales sob a alegação de que não havia obedecido às especificações do projeto de construção de duas rodovias no Sul do país. Na ocasião, também foi decretada a prisão de um dos diretores da companhia, que conseguiu escapar do país.

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