segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Estado brasileiro virou uma esculhambação patrocinada pelos arapongas

Para descobrir a identidade de servidores que fizeram críticas à instituição na internet, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) recorreu à Polícia Federal para obter dados sigilosos de usuários de um fórum virtual de debates e os repassou à agência. Sem autorização judicial, a Polícia Federal pediu ao portal CorreioWeb, mantido pela S.A. Correio Braziliense, que edita o jornal "Correio Braziliense", dados que revelaram as identidades de internautas que se identificaram apenas por apelidos. Mesmo depois de reconhecer "não ter visto qualquer indício de crime" nas mensagens, a Polícia Federal enviou as informações à Abin, que abriu processo disciplinar interno contra dois agentes, ameaçados de demissão. Em documento, a Abin revela que procurou a Polícia Federal porque o cadastro de usuários no site era sigiloso, e só poderia ser obtido por autoridade policial. Os autores das críticas à gestão da Abin usavam na internet codinomes como "pindaíba", "desvendando", "agente sofre-dor", "arapongamandraque" e "james bondcama". As mensagens podiam ser vistas por qualquer internauta, mas as identidades eram preservadas. Após desconfiar de seus funcionários, a Abin acionou a Polícia Federal, que pediu os dados à empresa de comunicação. Em maio de 2007, a S.A. Correio Braziliense forneceu ao delegado federal Disney Rosseti uma lista de 11 participantes, com nome completo, CPF e e-mails declarados por eles em um cadastro prévio. A empresa também informou o endereço IP (protocolo de internet, número do computador) dos internautas, o que permite identificar o computador usado para acessar o site. Com base nos dados, repassados em novembro de 2007, o diretor-geral afastado da Abin, Paulo Lacerda, abriu em julho deste ano processo administrativo disciplinar contra os servidores Weber Ferreira Junqueira de Barros Junior e Iracema da Rocha Costa e Silva. Seria inacreditável, se não fosse no Brasil. Uma coisa é certa: depois do fundamentalista Protógenes Queiroz e do delegado federal Paulo Lacerda, pode se esperar qualquer. Agora, é absolutamente inaceitável, mesmo sendo no Brasil, a atitude do Correio Braziliense. Quer dizer, agora, que empresa privada, ainda mais de comunicações, entrega seus clientes para os arapongas do governo Lula, para os meninos do Felinto Muller petista, Tarso Genro? Aonde chegamos. Só tem uma saída. Todos os clientes do Correio Braziliense devem romper contrato com esta empresa, porque ela é inconfiável.

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