domingo, 7 de dezembro de 2008

Organização judaica dos Estados Unidos pede cautela ao Brasil na relação comercial com Irã

O presidente do Comitê Judaico Norte-americano, Richard Sideman, reuniu-se na última quinta-feira com o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, para debater a "ameaça iraniana" e pedir ao Brasil maior cautela em sua relação comercial com Teerã. Sideman pediu que o governo brasileiro reveja seus acordos bilaterais com o Irã para evitar o fortalecimento econômico do país, maior inimigo israelense, no que considera um contrasenso às sanções impostas pela ONU. Os Estados Unidos e Israel afirmam que Teerã mantém programa nuclear para fabricação de armas. "O Irã será capaz de se sustentar economicamente por causa de acordos independentes e bilaterais como os que mantém com o Brasil", disse Sideman, presidente do grupo internacional de defesa dos interesses da comunidade judaica, com sede nos Estados Unidos. Ele ressaltou que o Brasil, como uma nação cada vez mais poderosa no cenário global, tem grande influência em discussões globais e pode efetivamente influenciar o modo como a comunidade internacional lida com a questão do risco nuclear iraniano. "O Brasil tem mais poder que um país pequeno como Israel. E a questão primordial que levantamos é que, se o Brasil agisse mais, o Irã não seria capaz de continuar desenvolvendo armas de destruição de massa", disse Sideman, que criticou o silêncio brasileiro diante destas questões.

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