domingo, 22 de fevereiro de 2009

Deputado catarinense diz que refúgio ao terrorista Battisti ameaça relação de Brasil com a Itália

A rejeição ao pedido de extradição do terrorista Cesare Battisti e a manutenção do status de refugiado político concedido a ele podem provocar uma crise nas relações do Brasil com a Itália. A análise é do deputado federal Paulo Bornhausen (DEM-SC), que há uma semana está em Roma, onde conversa com autoridades italianos sobre o caso Battisti. Bornhausen disse que teme pelo "acirramento dos ânimos" nas relações entre os dois países, caso o Supremo Tribunal Federal rejeite o pedido de extradição do terrorista. "O que eu percebo na Itália é que há uma grande confiança na Justiça brasileira, mas está tudo muito próximo do limite do estresse", disse ele. Bornhausen viajou na companhia do deputado deputado federal Efraim Filho (DEM-PB). Ambos mantiveram encontros com parlamentares, professores universitários e diplomatas. Segundo Borhanusen, há a mesma impressão sobre Battisti tanto entre os integrantes dos partidos de esquerda, como também nas legendas mais conservadoras. "Para os italianos, de uma forma geral, o tratamento para Battisti deveria ser de criminoso comum. Ele é acusado de envolvimento em crimes comuns", disse Bornhausen. "A surpresa para eles foi tratamento político dado ao caso." O deputado disse ainda que tem receio sobre os impactos do possível agravamento na crise entre Brasil e Itália nas negociações econômicas envolvendo os dois países. Segundo ele, os primeiros reflexos negativos já foram percebidos em Santa Catarina cujos empresários mantêm vários acordos para a venda de suínos e novilhos para a Itália.

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