domingo, 22 de fevereiro de 2009

Governo holandês descarta nova injeção de capital no grupo financeiro ING

O ministro das Finanças da Holanda, Wouter Bos, descartou na sexta-feira que o grupo financeiro ING, que atua nos segmentos de bancos e seguros, precise de uma nova injeção de capital, após as ações da instituição terem caído mais de 12% na Bolsa de Amsterdã. A ING "é uma empresa saudável, e isso é confirmado pela atitude dos poupadores e clientes", afirmou Bos em entrevista após reunião do Conselho de Ministros. No fechamento da Bolsa de Amsterdã, na sexta-feira, as ações da ING encerraram o dia com queda de 12,3%; durante o pregão, chegaram a cair 16%. O jornal econômico "Het Financieele Dagblad" disse em seu site que a queda no valor das ações deve-se a boatos no mercado financeiro de que a ING não poderá continuar pagando os juros de suas obrigações. A VEB (Associação para os Interesses dos Acionistas) emitiu um comunicado no qual pede à ING que esclareça sua postura sobre o pagamento dos juros das obrigações. A ING anunciou hoje a colocação de uma emissão de bônus de cinco anos avalizada pelo governo holandês, dentro do mecanismo de garantia de créditos estabelecido pelas autoridades de Haia. Para combater a crise, o grupo já recebeu no último mês de outubro uma injeção de capital de 10 bilhões de euros (cerca de US$ 12,8 bilhões) por parte do governo holandês e deve receber em breve nova ajuda estatal. Na última quarta-feira (18) o ING anunciou um prejuízo líquido de 729 milhões de euros (cerca de US$ 937 milhões) em 2008, contra um lucro líquido de 9,2 bilhões de euros (cerca de US$ 11,8 bilhões) um ano antes.

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