segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Marolinha - BNDES não tem como interferir nas demissões da Embraer

O BNDES não tem um instrumento jurídico que lhe permita interferir diretamente na decisão da Embraer de demitir cerca de 20% do seu quadro de funcionários. Também não faz parte do bloco de controle da companhia, apenas no de sua empresa de participações, a BNDESPar, que possui 5,2% do capital da Embraer. Na última quinta-feira, a Embraer anunciou corte de 20% dos 21,3 mil funcionários devido à crise. Os financiamentos do BNDES às exportações da Embraer somaram US$ 8,39 bilhões desde 1997, mas não há uma cláusula contratual que obrigue a empresa a manter empregos. No dia 29 de janeiro, o presidente do banco, Luciano Coutinho, declarou-se contra a criação de uma cláusula desse tipo, que, de acordo com ele, "pode ser contraproducente" para o emprego. Disse também que a instituição está analisando como criar incentivos positivos para o emprego. "É nossa obrigação apoiar a Embraer, assim como todos os eximbanks (bancos de apoio a importação e exportação) apoiam as empresas aeronáuticas de seus países", afirmou. No Brasil, a função de Eximbank é exercida pelo BNDES. "A Embraer é um ativo importante para o País", declarou.

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