segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Propaganda golpista do Cpers agride governadora Yeda Crusius

A sociedade gaúcha foi acordada na última quinta-feira com uma campanha publicitária criminosa lançada pelo sindicato dos professores públicos, o Cepers, uma máquina eleitoral petista. A diretoria do Cepers, secundada por um sindicato de uma categoria que não existe mais (o SindiCaixa, que supostamente reúne ex-funcionários da extinta Caixa Econômica Estadual), mandou instalar outdoors com a fotografia da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), associando-a com a “corrupção”, inclusive, explicitamente, com a palavra “corrupção”. "Não é um ataque pessoal. Há muito tempo os servidores denunciam políticas equivocadas de diversos governos. Não é a primeira vez que usamos outdoors", diz angelicalmente a petista Rejane de Oliveira, presidente do Cpers, sindicato filiado à CUT. Este sindicato inferniza a vida de todos os governadores do Rio Grande do Sul desde 1978 e é o responsável pelo grande desmantelamento da educação pública no Estado. Principalmente por causa de sua encarniçada defesa do Plano de Carreira, criado por um coronel do Exército e outogardo por governo da ditadura militar. O ataque a Yeda Crusius não é gratuito. Além de seu governo ter começado a mostrar os resultados positivos do enorme sucesso que é sua política de ajuste financeiro das contas públicas, o que a credencia para buscar uma reeleição, Yeda Crusius deve anunciar um pacote de mudanças nas carreiras do funcionalismo, como a instituição de pagamentos por produtividade. Isso significa o seguinte: professores não poderão mais faltar às aulas tantos dias como faltam hoje, escandalosamente; não poderão deixar que seus alunos parem de freqüentar as aulas (evasão escolar), sem que as famílias saibam, como acontece hoje (o nível de evasão é absolutamente escandaloso, e mais escandaloso ainda é o grau de descomprometimento dos professores com este fato); as avaliações são ridículas; é absolutamente comum um estudante chegar ao último ano do segundo grau como um perfeito analfabeto funcional. E, o mais grave: muitos professores tirariam nota zero se fossem submetidos a provas das matérias que ministram. Partidos políticos aliados da governadora Yeda Crusius divulgaram na noite de sexta-feira uma nota em que afirmam que a campanha publicitária de sindicatos de servidores contra a governadora tem caráter "eleitoral". "O povo gaúcho não está acostumado com campanhas publicitárias despropositadas, agressivas e com cunho político eleitoral patrocinadas por direções de categorias sindicais", diz a nota assinada pelos presidentes dos partidos governistas (PSDB, PP, PMDB, PPS, PTB e DEM). Até parece que esses políticos não vivem no Rio Grande do Sul e nunca viram nenhuma manifestação do Cpers nos últimos 28 anos. Senhores deputados, os senhores não viram, durante o governo Collares, as professoras do Cpers, acampadas na Praça da Matriz, ao lado da Assembléia, em frente ao Palácio Piratini, gritando dia e noite, durante mais de 40 dias o refrão indigno de que se diz educador: “Neusa Canabarro, de cama em cama chegaste a primeira dama”. Neusa Canabarro, para os que esqueceram, é esposa do ex-governador Alceu Collares. Professora, com doutorado na Espanha, ela era a secretária estadual da Educação. Já perderam a memória, senhores políticos gaúchos? Para completar o quadro de absurdos que acontecem no Rio Grande do Sul, o Mistério Público gaúcho recomendou aos sindicatos responsáveis pela colocação dos outdoors com a imagem da governadora Yeda Crusius que retirasse a figura dela das peças, mandando que os outdoors fossem cobertos. É inacreditável. É claro que a propagando do Cpers é lastimável, mas talvez ainda mais lastimável tenha sido a conduta do Mistério Público, alcançado-se a juiz.

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