quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Terrorista Cesare Battisti escreve carta da prisão e pede perdão à Itália

Em carta escrita na Penitenciária da Papuda (Brasília), onde cumpre pena até que o Supremo Tribunal Federal julgue o seu pedido de extradição, o terrorista italiano Cesare Battisti faz uma defesa emocionada da sua liberdade e pede perdão à Itália pelos atos assassinatos e outros crimes cometidos em seu passado. Na carta, Battisti afirma que uma "multidão manipulada" se tornou "linchadora" do seu nome e apela ao cristianismo italiano para ser perdoado. "Será que não chegou a hora da Itália mostrar seu lado cristão? O perdão é um ato de nobreza. Se sou considerado inimigo da Itália, até os inimigos fazem trégua e se perdoam. Itália, Itália, que mata o sonho dos teus filhos e fecha os olhos àqueles que te defenderam, nunca é parte para um gesto de nobreza, a exemplo do Vaticano em reconhecer suas atividades durante a inquisição", argumenta Battisti na carta. A carta é um exemplo de bestialógico, e este indivíduo ainda se apresenta como escritor. O terrorista menciona na carta os quatro homicídios que levaram a sua condenação à pena perpétua. Sem desmentir os crimes, o terrorista Battisti diz apenas que a "ironia do destino" fez com que ele hoje se encontrasse condenado. "A minha situação é terrível, eu fico amedrontado, desarmado, frente à hostilidade, ao ódio rancoroso que manifestam meus adversários", afirma o cândido terrorista. O terrorista se diz vítima de um "bombardeio midiático" que tenta interferir negativamente nas decisões judiciais ao seu favor. "Eu gostaria de gritar a verdade ao povo italiano e brasileiro, mas como fazer isso? Pois a multidão manipulada se tornou linchadora e convencida sobre a nossa perdição”, afirma ele, dando a entender que o Poder Judiciário brasileiro é manipulado.

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