sexta-feira, 17 de abril de 2009

Diretor do Banco Central diz que diminuição da dívida pública permitiu redução do aperto fiscal

A decisão do governo Lula de baixar a meta do superávit primário, anunciada na quinta-feira (16-04-09) foi possibilitada pela queda contínua da porcentagem da dívida pública brasileira em relação ao PIB, afirmou Mário Mesquita, diretor de política econômica do Banco Central, nesta sexta-feira, durante palestra em Nova York. Mário Mesquita disse em seminário na Câmara de Comércio Brasil-EUA que o País está trilhando um caminho sustentável e fazendo "controle de danos". Mas, de toda forma, não poderá evitar a deterioração da situação fiscal que ocorre em todo o mundo por conta da crise. Com a ação governamental, caiu de 3,8% para 2,5% do PIB a meta de superávit primário, ou seja, a parcela das receitas que União, estatais, Estados e municípios devem economizar a cada ano para garantir o pagamento dos juros da dívida pública (atenção, não é garantir o pagamento das parcelas da dívida externa, porque esta é irrisória; não, trata-se de garantir o pagamento dos juros da monumental e descomunal dívida mobiliária interna, que paga os mais altos juros do planeta). Com as brechas existentes na legislação, a meta pode ser reduzida a até 1,5% do PIB.

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