domingo, 19 de abril de 2009

Procuradoria investiga esquema de venda clandestina de bilhetes da Câmara

A Procuradoria da República no Distrito Federal investiga o esquema de venda de bilhetes aéreos da Câmara que seriam destinados aos deputados. Procuradores acreditam que funcionários de gabinetes parlamentares vendam clandestinamente os bilhetes da Casa para agências de turismo, e tenham lucros com a operação. Pelo esquema, os assessores parlamentares venderiam os bilhetes para empresas de turismo por um valor inferior ao cobrado pelas companhias aéreas. As agências de turismo, por sua vez, revenderiam as passagens para os clientes. Os lucros com a operação seriam divididos entre os participantes do esquema na Câmara. Os procuradores investigam ilegalidades no uso dos bilhetes com base em uma ação de improbidade administrativa movida contra os deputados Lino Rossi (PP-MT) e Thais Barbosa (PMDB-MT). Rossi teria emitido passagens pelo gabinete da deputada durante período em que esteve de licença médica, afastada do Congresso. Thais Barbosa, por sua vez, é acusada de autorizar a emissão dos bilhetes para Rossi e de utilizar sua cota aérea para pagar viagem de um familiar. Na recomendação encaminhada à Câmara, os procuradores Ana Carolina Resende, Bruno Acioli, Carlos Martins Lima, Daniela Ribeiro e Paulo Rocha Júnior pedem que a Câmara vede a utilização da cota de passagens por terceiros, que não sejam o próprio parlamentar.

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