sábado, 2 de maio de 2009

Estados Unidos mantêm Cuba em lista de países que dão refúgio a terroristas

Após movimentos recentes de aproximação com o Cuba, o governo dos Estados Unidos voltou a referir-se ao regime cubano nos termos que foram comuns nas últimas cinco décadas. O Departamento de Estado norte-americano manteve Cuba, na quinta-feira, como um dos quatro países no mundo considerados como refúgio de terroristas, junto com Sudão, Irã e Síria. O anúncio foi feito no informe anual sobre terrorismo no mundo divulgado pelo órgão de política externa dos Estados Unidos, o primeiro divulgado pelo departamento sob a chefia de Hillary Clinton. Cuba foi mantido na lista, segundo os norte-americanos, porque, embora não dê mais apoio a movimentos armados na América Latina e em outras regiões, ainda dá abrigo a pessoas consideradas terroristas pelos Estados Unidos. "Membros do grupo separatista basco ETA, das Farc (Forças Revolucionários da Colômbia, organização terrorista e traficante de cocaína) e do ELN (Exército de Libertação Nacional, da Colômbia) permaneceram em Cuba em 2008", disse o relatório. Além disso, segundo o Departamento de Estado, as autoridades cubanas mantiveram a defesa pública das Farc. O governo dos Estados Unidos apontou como um avanço o pedido de Fidel Castro para que as Farc libertem incondicionalmente todos os reféns e a condenação que o ex-ditador fez dos sequestros políticos e dos maus tratos das pessoas em cativeiro. O governo cubano rejeitou o relatório e acusou acusar o governo de Washington de ser um "delinquente internacional" sem "autoridade moral" para atestar condutas, segundo o chanceler Bruno Rodríguez.

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