domingo, 31 de maio de 2009

Polícia Federal faz operação contra grupo neonazista em Minas Gerais

A Polícia Federal apreendeu na sexta-feira materiais de cunho nazista em uma operação contra um grupo nazista acusado de disseminar teorias racistas na região metropolitana de Belo Horizonte. Há suspeitas de ligações com outros grupos neonazistas. Segundo o delegado Marinho Silva Rezende Júnior, a polícia chegou ao grupo graças a denúncias feitas por internautas que encontraram perfis e comunidades nazistas no site de relacionamentos Orkut. A identificação só foi possível com ordem expedida pela Justiça Federal, que também determinou as buscas e apreensões de sexta-feira. Foram apreendidos computadores, panfletos e jornais próprios, além de DVD, CDs e grande quantidade de literatura nazista. Entre os livros apreendidos está “Mein Kampf” (“Minha Luta”), escrito por Adolf Hitler. O material foi apreendido em três casas de Belo Horizonte e em uma de Contagem, na região metropolitana da capital mineira. Todos os investigados são estudantes universitários ou secundaristas de classe média. A Polícia Federal suspeita que o grupo de Belo Horizonte tenha ligações com uma outra organização nazista do Paraná. Um dos alvos da operação da sexta-feira é amigo de infância de um jovem de 24 anos, que recentemente foi encontrado morto com a namorada na região metropolitana de Curitiba, assassinado por conta de uma disputa pelo controle de um grupo neonazista da região. O neonazismo está mais vivo do que nunca em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. A cidade era uma das bases do movimento separatista Neuland. O líder nacional da organização, o paulista Ricardo Barollo, que atualmente está preso em Curitiba por envolvimento em um duplo assassinato no Paraná, tinha contato com pelo menos 10 integrantes na cidade. O grupo tem seguidores em vários estados do Brasil e planejava ataques terroristas no Rio Grande do Sul. Os alvos seriam judeus e homossexuais. Na visão dos extremistas, as mortes seriam necessárias para viabilizar os planos de separar os estados do Sul do restante do País. Com isso, seria criado um novo país livre da influência de judeus, negros, homossexuais, nordestinos e mestiços.

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