domingo, 31 de maio de 2009

Receita Videversus – Aprenda a fazer a Pizza Margherita com a chef de cuisine Simone Nejar


Junho chega trazendo muito frio no Sul do País. Neste mês vamos preparar pratos especiais para o Dia dos Namorados, pratos típicos para as festas juninas e muito mais. Hoje a nossa postagem vai acabar numa grande e deliciosa pizza, portanto, vamos voltar às suas origens, já que o Congresso Nacional foi apenas a sua decadência. Mas, lembrando Mário Quintana, “o Congresso passará, e a pizza, passarim!” A pizza, tal como a conhecemos hoje, nasceu em Nápoles. Antes disso, na Roma de César, os nobres comiam o que chamavam de “pão de Abraão” ou “Piscea”, uma massa de farinha, água e sal e coberta com ervas e alho. Tal receita seria oriunda dos babilônios, hebreus e egípcios. Como apenas as ervas aromáticas e o azeite eram comuns, esses eram os ingredientes da pizza original. O seu formato também era assemelhado ao de um calzone, isto é, era dobrada ao meio. As coberturas foram se tornando mais variadas com o passar dos anos, até que Sua Excelência, o tomate, chegou à Europa, e daí para frente a pizza ganhou vida eterna. Com a súbita popularidade, a pizza passou a ser vendida em barracas. A primeira pizzaria surgiu em Nápoles, criada por Don Rafelle Espósito, o primeiro pizzaiolo oficial, digamos assim. Don Rafaelle ficou famoso a partir do verão de 1889, quando preparou uma pizza especial para os soberanos Humberto I e Margherita di Savoia, com as cores da bandeira italiana. Os monarcas estavam de visita a Nápoles e tiveram vontade de provar o famoso quitute. Rafaelle criou um novo sabor de pizza usando mussarela, tomates e manjericão. A rainha gostou tanto que a pizza foi batizada com o seu nome. A pizza chegou ao Brasil através dos imigrantes italianos, e das colônias pulou para os restaurantes. Hoje é servida até em deprimentes rodízios, em que o sabor puro dos ingredientes acaba por se misturar a uma overdose de catchup, mostarda e outros condimentos que certamente desvirtuam o sabor honesto de uma boa pizza. Hoje vamos preparar a margherita. A receita da massa eu recebi de um amigo, Alessandro Chagas, marido da minha grande amiga Marilúcia, uma louca que me aguenta desde os remotos tempos do curso de Magistério no Instituto de Educação (há mais de 20 anos). O Chagas é o que se pode chamar de marido exemplar, pois prepara comidas maravilhosas para a Mari – e, o que é melhor, ainda lava a louça! Como excelente gourmet que é, desenvolveu essa receita de massa de pizza, que rende duas unidades. Para fazer a massa, vamos misturar numa tigela 300 g de farinha de trigo, uma colher de sopa cheia de fermento granulado para pão, uma colher de sopa de açúcar, uma pitada de sal, duas colheres de sopa de óleo e aproximadamente 120 ml de água. Sovamos até dar liga e deixaos crescer por uma meia hora, com a tigela coberta por um saco plástico. Preaquecemos o forno. Abrimos a massa. Untamos duas formas de pizza com óleo. Com as mãos vamos dividir a massa ao meio e cobrir as duas formas (a massa deve ficar fininha). Levamos ao forno para preassar as pizzas por uns dez minutos. Para fazer o molho, vamos liquidificar uma lata de tomates pelados com uma colher de sopa de açúcar e uma colherinha rasa de sal. Aquecemos uma panelinha, colocamos duas colheres de sopa de azeite e fritamos rapidamente um dente de alho cortado bem fino. Juntamos os tomates e deixamos que ferva por alguns minutos. Juntamos um punhadinho de orégano fresco ou mesmo seco (se for seco, use bem pouco). Vamos montar as pizzas: colocamos o molho por cima das pizzas e salpicamos com muitas bolinhas de mussarela de búfala (se não tiver, use mussarela comum). Vertemos um fio de azeite por cima e levamos ao forno por uns três minutos, para que o queijo derreta. Depois salpicamos muitas folhas de manjericão e servimos. A massa fica crocante, e combinada ao sabor dos tomates e do manjericão, realmente, torna-se um prato digno de uma rainha. Uma ótima semana a todos!

Nenhum comentário: