domingo, 14 de junho de 2009

Ato secreto assinado pelo senador Efraim Morais disbribuiu benesses ilegais

Com efeitos retroativos, um ato secreto assinado pelo senador Efraim Morais, ex-secretário geral do Senado Federal, garantiu aos seus apadrinhados um adicional salarial retroativo por 10 meses. Um dos beneficiados foi o atual diretor geral do Senado Federal, José Alexandre Lima Gazineo. A norma criou comissão especial para analisar “processos da licença para capacitação” dos funcionários. Gazineo e demais integrantes foram escalados para a missão em 8 de outubro de 2008. Mas o ato embutiu um prêmio. Teve “efeitos financeiros a partir de 2 de janeiro” do ano passado. Além de Gazineo, foi escolhido para desempenhar as funções Alberto Cascais, ex-advogado-geral do Senado, afastado dias antes de suas funções após a elaboração de um parecer que abria brecha para a Casa descumprir a súmula do Supremo Tribunal Federal que proibiu a contratação de parentes (nepotismo) na administração pública. Outra vaga na comissão seria destinada ao diretor do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), centro de capacitação do Senado. Na época do ato assinado por Efraim Morais, quem comandava o ILB era Denise Zoghbi, mulher do ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi. Uma das práticas mais antigas existente nos parlamentos consiste em dar gratificações a funcionários que são desviados para os próprios parlamentares. O Senado Federal, vê-se hoje, é a autêntica “Casa da Sogra”, é gandaia geral. Que gentalha mais vagabunda...... Por falar nisso, quando vão começar a investigar a Câmara dos Deputados? Por que, se aconteceu no Senado Federal, pode ter quase certeza de que aconteceu também na Câmara dos Deputados. Também é hora de começar a investigar as Assembléias estaduais e a Câmara Municipais, especialmente as das capitais. Jornalismo existe para isso, já que os Tribunais de Contas só são, de verdade, Tribunal de Faz de Contas.

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