sábado, 20 de junho de 2009

Comissão terá sete dias para investigar denúncias sobre atos secretos do Senado

A comissão criada pelo presidente do Senado Federal, senador José Sarney (PMDB-AP), para investigar os responsáveis pelos atos secretos editados na Casa nos últimos 14 anos, terá sete dias para apresentar os resultados dos trabalhos. Portaria assinada nesta sexta-feira por Sarney afirma que a comissão terá como foco investigar denúncia, revelada pela Folha, de que ex-diretores da instituição determinavam o sigilo dos atos da Casa. Segundo a portaria, a comissão vai ser integrada pelos servidores Alberto Moreira de Vasconcelos Filho, Gilberto Guerzoni Filho e Maria Amália Figueiredo da Luz. Os três servidores do Senado vão ser acompanhados por representantes do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União nas investigações. Sarney encaminhou ofícios ao procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, e ao presidente do TCU, Ubiratan Aguiar pedindo que sejam cedidos um procurador e um auditor para acompanharem as investigações da comissão. A primeira coisa a verificar é se esses três servidores não estavam entre aqueles 150 que prestaram homenagem ao ex-diretor Agaciel Maia no dia em foi demitido do cargo. Sarney anunciou a criação da comissão externa em resposta à revelação do chefe do serviço de publicação do boletim de pessoal do Senado Federal, Franklin Albuquerque Paes Landim, que confirmou as ordens dos ex-diretores da Casa, Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi, para a edição dos atos secretamente. Um grupo de 20 senadores cobra a exoneração do atual diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, responsável por assinar parte dos atos secretos ao lado de Agaciel Maia, criatura inventada justamente por José Sarney.

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