segunda-feira, 22 de junho de 2009

Emilia Fernandes e Vieira da Cunha usam verba irregular em churrascarias de Brasília


Parece que não sobra um para dar alento aos eleitores. Agora torna-se público que o apetite de alguns parlamentares por dinheiro público é incontrolável. E o pior: se sujam por merrecas, como se fosse uma compulsão por meter a mão em dinheiro público. Nos últimos dois meses, 21 deputados federais ignoraram as regras impostas pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados para pagar alimentação. Eles fizeram a Câmara bancar irregularmente porções de pão de queijo, cafezinho e até rodízios em churrascarias de Brasília. Segundo o jornal Corrreio Braziliense, em 7 de abril, a Câmara editou uma portaria. O texto determinava que, a partir de 7 de maio, os deputados federais não poderiam utilizar a verba indenizatória para despesas com alimentação no Distrito Federal. Mas alguns parlamentares ignoraram a regra. Os 21 flagrados pela reportagem do Correio Braziliense podem ser divididos em duas categorias. Numa primeira, os nove que admitiram a irregularidade e prometem devolver o dinheiro. Há, também, 12 que delegam a culpa pela situação à Câmara. “Se o Nuvep pagou, está certo”, disseram alguns dos entrevistados. Nuvep, no caso, é Núcleo de Fiscalização e Controle da Verba Indenizatória do Exercício Parlamentar, a repartição que analisa as notas fiscais dos deputados e devolve o dinheiro pago. No grupo que usou a verba irregularmente estão Dagoberto (PDT-MS), Henrique Afonso (PT-AC), José Rocha (PR-BA), Marcelo Guimarães Filho (PMDB-BA), Márcio França (PSB-SP), Rogério Marinho (PSDB-RN), Saraiva Felipe (PMDB-MG) e os gaúchos Emília Fernandes (PT) e Vieira da Cunha (PDT). Este último deputado federal gaúcho presidente atualmente o PDT nacional, e é um dos que insistem na instauração da CPI petista contra a governadora Yeda Crusius (PSDB). E ainda é promotor de Justiça. Que tal?

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