sexta-feira, 12 de junho de 2009

Ex-pastor de Obama acusa sionistas de o afastarem do presidente

Jeremiah Wright, ex-pastor da igreja que era frequentada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que os "sionistas" o mantêm afastado do presidente. A declaração foi uma tentativa de explicar o que considerou uma interpretação equivocada de uma entrevista que concedeu na última terça-feira ao jornal "Daily Press", quando dissera que os judeus que cercam Obama não lhe permitem que fale com o presidente. Dois dos principais assessores do presidente norte-americano são judeus: o chefe de gabinete (equivalente a ministro-chefe da Casa Civil no Brasil), Rahm Emanuel, e o conselheiro sênior, David Axelrod. O reverendo parece decidido a seguir causando polêmica. "Não estou falando de todos os judeus, de todo o povo da fé judaica. Estou falando dos sionistas", afirmou Wright em entrevista à emissora de rádio por satélite Sirius. Durante anos Obama foi membro da congregação de Wright, que batizou suas duas filhas. Mas, o então pré-candidato democrata à presidência rompeu relações com o pastor e com sua igreja depois que vieram a público vídeos com sermões inflamados de Wright. Em um deles. Wright dizia que o 11 de Setembro foi um castigo de Deus ao país. Na entrevista desta quinta-feira, Wright disse que diferentes historiadores e teólogos judeus escreveram sobre a influência que a Comissão de Assuntos Públicos Americano-Israelense, o principal lobby judaico do país, tem sobre o governo dos Estados Unidos e a política da ONU. Ele insistiu em que são grupos como esses os que não querem que Obama fale sobre o que descreveu como "extermínio étnico" em Gaza, porque isso seria anti-israelense.

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