domingo, 28 de junho de 2009

Ex-procurador do Roraima é condenado a 202 anos de prisão por esquema de pedofilia

O ex-procurador-geral do Estado de Roraima, Luciano Queiroz, foi condenado na quinta-feira a 202 anos de prisão por participação em um esquema de pedofilia. Queiroz foi condenado pelos crimes de estupro, atentado violento ao pudor e exploração sexual de crianças e adolescentes. No dia 6 de junho do ano passado, oito pessoas foram presas pela Polícia Federal em Roraima durante uma operação de combate à pedofilia. Além de Queiroz, que ocupava o cargo de procurador-geral do Estado, foram presos dois empresários e um policial militar. As investigações incluíram escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, fotografias e vídeos. Em uma das gravações, duas crianças (de seis e sete anos) apareciam acompanhadas por Queiroz saindo de um motel de Boa Vista. A operação da Polícia Federal, batizada de Arcanjo, causou comoção no Estado. Após ser preso, Queiroz foi exonerado do cargo pelo governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB). "Diante da quantidade de vítimas, de fatos por ele praticados e da gravidade dos fatos, com crianças de seis anos de idade sendo levadas ao motel para serem abusadas por ele, é uma pena justa que deve ser mantida pelos tribunais", disse o promotor José Rocha Neto, do Ministério Público Estadual de Roraima. Além de Queiroz, outras seis pessoas que foram presas na operação também foram condenadas. Entre elas Lidiane Foo, apontada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público como líder do esquema que aliciava crianças para serem abusadas sexualmente. Ela foi condenada a 331 anos de prisão. A Justiça Estadual de Roraima determinou também que o grupo pague cerca de R$ 1,1 milhão às famílias das crianças que foram abusadas sexualmente. A CPI da Pedofilia também recebeu denúncia da existência de uma rede de pedofilia e exploração sexual de menores em órgãos públicos no Rio Grande do Sul. Os explorados são garotas e garotos contratados como estagiários, que são conduzidos a festas de embalo por figuras “poderosas”.

Nenhum comentário: