domingo, 21 de junho de 2009

Funcionária do Senado Federal afirma que ato secreto era intencional

Mais um servidor do Senado confirmou a versão do chefe de serviço de publicação de boletim de pessoal da Casa, Franklin Paes Landim, de que partiam dos ex-diretores Agaciel Maia (Diretoria-Geral) e João Carlos Zoghbi (Recursos Humanos) as ordens para que determinados atos administrativos não fossem publicados para esconder seu conteúdo. A servidora foi ouvida informalmente na quinta-feira à noite. O nome dela é guardado em sigilo para evitar retaliações. Ela trabalha na Secretaria de Recursos Humanos, no décimo andar, o mesmo de Landim. O chefe de serviço de publicações dá expediente numa sala com mais de cinco pessoas que acompanham a rotina do órgão. Todos deverão ser ouvidos pela nova comissão de sindicância criada pelo presidente José Sarney (PMDB-AP) para investigar Zoghbi e Agaciel. A entrevista de Landim e o depoimento da servidora do Departamento de Recursos Humanos provocaram mudanças no relatório da primeira comissão de sindicância que havia sido criada para apurar a existência dos atos secretos. O documento foi entregue na sexta-feira, mas só será divulgado nesta segunda-feira pelo primeiro-secretário do Senado Federal, senador Heráclito Fortes (DEM-PI). A comissão não incluiu o depoimento da servidora no relatório final porque sua atribuição foi apenas a de identificar os documentos. O que apurou além disso será repassado para a outra comissão, que irá apurar responsabilidades. No documento deverá ser usada a expressão "atos com negação de publicidade". A expressão "atos secretos" ficará de fora. O relatório contabilizou o número de atos e não o de boletins administrativos onde eles são publicados. Os três integrantes da comissão fizeram um pacto de não divulgar o total de atos encontrados.

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