sábado, 20 de junho de 2009

Globovisión arrecada mais de US$ 1 milhão imposta pelo ditador Hugo Chavez

O canal de TV privado da Venezuela Globovisión, que faz duras críticas ao governo do fascista populista Hugo Chávez, anunciou nesta sexta-feira que recolheu US$ 1,16 milhão (cerca de R$ 2,27 milhão) em doações de seus telespectadores para pagar uma multa de US$ 4,1 milhões (mais de R$ 8 milhões) que foi aplicada pelo governo. Manuela Bolívar, presidente da organização Futuro Presente, que coordenou a arrecadação, agradeceu aos cidadãos que fizeram doações e anunciou que a campanha continuará até dia 30. Essas multas foram impostas pelo governo por “evasão de impostos” e “uso indevido do sinal de radiodifusão”. "O que está em jogo é um princípio básico para a sociedade, que é a liberdade de expressão", disse Manuela Bolívar. O resultado da arrecadação foi divulgado um dia depois de o Supremo Tribunal de Justiça ter desprezado um recurso da Globovisión e de outras TVs particulares que pedia a anulação da lei de telecomunicações. É um artigo dessa lei que dá para o governo o poder de suspender a transmissão de TVs "quando julgar conveniente". Ou seja, legislação típica de republiqueta bananeira. Nesta terça-feira (16), a Globovisión foi informada por uma agência de telecomunicações do governo que enfrentará novo processo por veicular "informações ilegais". Um dos episódios investigados é a ocasião na qual o jornalista Rafael Poleo, diretor do jornal "El Nuevo País", disse em entrevista, em outubro de 2008, que Chávez deveria acabar como o ditador Benito Mussolini (1922-1943), "pendurado com a cabeça para baixo". Desde que o processo que culminou na aplicação das multas de total milionário, o dono da Globovisión, Guillermo Zuloaga, já teve a casa revistada pela polícia ao menos duas vezes. Em uma, teve 24 veículos apreendidos. Zuloaga é sócio de duas concessionárias Toyota.

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