segunda-feira, 1 de junho de 2009

Greenpeace acusa governo Lula de financiar desmatamento na Amazônia

O governo Lula financia indiretamente a destruição da Amazônia por meio de recursos destinados à criação de gado em áreas desmatadas ilegalmente, afirma relatório divulgado nesta segunda-feira pela organização ambientalista Greenpeace. De acordo com o relatório, o governo Lula é, na prática, "sócio" de grandes empresas do setor por conta dos empréstimos concedidos pelo BNDES. Conforme a ONG, os grandes criadores de gado do Brasil, que respondem por 50% das exportações de carne do País, receberam cerca de R$ 5,2 bilhões do BNDES entre 2007 e 2009. "Os três produtores que receberam a maior parcela dos investimentos do governo Lula incluem um dos maiores exportadores mundiais de couro e o maior exportador mundial de carne (controlando ao menos 10% da produção global)", afirma o relatório. Para o Greenpeace, "a expansão desses grupos é, na prática, uma sociedade com o governo brasileiro". "Para aumentar a parcela do Brasil no comércio global, o governo está fornecendo capital para a expansão da infraestrutura da criação de gado na região amazônica", diz o relatório. De acordo com o Greenpeace, os criadores de gado na Amazônia brasileira são hoje os maiores responsáveis pelo desmatamento no mundo, respondendo por um em cada oito hectares desmatados globalmente. O relatório observa que o Brasil é o quarto maior emissor mundial de gases do efeito estufa e que a maior parte de suas emissões vêm do desmatamento da Amazônia. "Acabar com o desmatamento é uma parte essencial da estratégia global de combate às mudanças climáticas e para preservar a biodiversidade", afirma o Greenpeace. O relatório do Greenpeace afirma ainda que muitas marcas internacionais estariam contribuindo indiretamente para o desmatamento da Amazônia ao comprar produtos da indústria da carne brasileira. Segundo a ONG, entre os compradores de produtos como couro e carne brasileiros produzidos na Amazônia, estariam marcas como Adidas/Reebok, Timberland, Geox, Carrefour, Honda, Gucci, IKEA, Kraft, Nike e Wal-Mart.

Nenhum comentário: