domingo, 21 de junho de 2009

Joaquim Barbosa se diz livre para criticar ministro Gilmar Mendes

O ministro Joaquim Barbosa disse aos colegas Carlos Britto e Celso de Mello que se sente "desobrigado" de não mais criticar publicamente o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. O motivo da declaração foi a entrevista que Gilmar Mendes concedeu à revista IstoÉ. Joaquim Barbosa se sentiu atingido pelo trecho da entrevista em que Gilmar Mendes afirmou: "Essa tese de a Justiça ouvir as ruas serve para encobrir déficits intelectuais. Eu posso assim justificar-me facilmente, não preciso saber a doutrina jurídica. Posso consultar o taxista”. Na entrevista, Gilmar Mendes disse ainda que, com este pensamento, o País caminharia para uma Justiça plebiscitária. "Se formos consultar a chamada opinião pública, vamos ter que saber como se faz a consulta. É a minha opinião pública, é a sua opinião pública? É a opinião pública de que grupo? É a minha rua? É a sua rua? É a rua de quem? É o ibope do bar? Do Baixo Leblon?", questionou ele. Em abril, os dois ministros tiverem uma discussão durante sessão do plenário do Supremo. Joaquim Barbosa acusou o colega de estar destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro e se referiu a "capangas de Mato Grosso" comandados por Gilmar Mendes. Joaquim Barbosa também convidou Gilmar Mendes a sair às ruas e ouvir a opinião pública. Depois da discussão, os demais ministros se reuniram em uma sala fechada e decidiram divulgar uma nota em apoio ao presidente do Supremo. Joaquim Barbosa é bem um reflexo da era Lula, que o nomeou para o Supremo. Ele é um deslustre para o Supremo Tribunal Federal. E além disso falta a sessões como ninguém mais.

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