domingo, 14 de junho de 2009

Líder sindical na USP já fez 12 greves e prega revolta armada

Na pauta de reivindicações de funcionários grevistas da USP, o primeiro item, escrito em negrito e letras maiúsculas sob o título "questões políticas", é a "readmissão do diretor do sindicato Brandão". O Brandão é o ex-servidor Claudionor Brandão, de 52 anos, um dos cabeças do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e da atual greve na universidade paulista. Ele é um dos dirigentes de um grupelho comunista denominado "Liga Estratégia Revolucionária", uma dissidência do PSTU. Ele acredita que só com a “revolução” será possível alcançar o comunismo. Revolução armada, é claro. "Você viu as bombas do coronel Longo? Acha que é possível derrotar aquilo só com palavras?", diz, referindo-se ao confronto com a Polícia Militar na última terça na USP (que teve saldo de dez feridos). O tenente-coronel Cláudio Longo dirigiu a operação. No episódio, Brandão foi detido por desacato e resistência à prisão. Ele afirma que apenas tentou dialogar com o policial que prendia um colega. Foi solto no mesmo dia, após a realização de um "termo circunstanciado". A ele juntam-se outros sete boletins de ocorrência (por ameaça, invasão, dano ao patrimônio e atentado violento ao pudor, entre outros), outro termo circunstanciado e três inquéritos policiais. Desde 1987, Brandão trabalhava na antiga prefeitura da universidade, reparando e instalando aparelhos de ar condicionado. Acabou demitido em dezembro passado, após um processo administrativo iniciado em 2005, acusado de "ter invadido uma biblioteca, ameaçado as pessoas e colocado em risco o acervo". Na ocasião, entrou na biblioteca da faculdade com mais 50 funcionários da FAU para levar os servidores do local para um piquete. Você já ouviu falar de LER-QI? A LER-QI é a Liga Estratégia Revolucionária – Quarta Internacional. Identificam-se com a Quarta Internacional grupos trotskistas ultra-radicais, minoritários. O Sintusp, o sindicato dos funcionários da USP, é comandado pela LER-QI.

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