quinta-feira, 11 de junho de 2009

Presidência cria núcleo de combate ao terrorismo

O governo Lula finalmente criou um núcleo de combate ao terrorismo no País. O núcleo do centro de coordenação de atividades e prevenção e combate ao terrorismo foi criado por meio de portaria assinada pelo ministro de Segurança Institucional, general Jorge Armando Felix, e publicada na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União. Entre as atribuições do núcleo está "o acompanhamento de assuntos pertinentes ao terrorismo internacional e de ações voltadas para a sua prevenção e neutralização". O núcleo também deverá propor a elaboração de políticas, estratégias e programas voltados para a ação integrada dos órgãos governamentais na prevenção e neutralização do terrorismo. O núcleo será formado por integrantes dos ministérios da Justiça, das Relações Exteriores e da Defesa, além do GSI. A Polícia Federal manteve preso por 21 dias o libanês Khaled Hussein Ali sob suspeita de que propagava material com conteúdo racista na internet. Ele é comerciante de equipamentos de informática, mora em São Paulo, tem mulher e filha brasileiras e é considerado "estrangeiro permanente". Ele foi preso no dia 25 de abril por ordem do juiz da 4ª Vara Federal Criminal, Alexandre Cassettari. No dia 18 de maio, o mesmo juiz mandou soltá-lo por entender que a manutenção da prisão não era mais necessária para o andamento da investigação. A procuradora da República Ana Letícia Absy informou em nota na última terça-feira que as investigações "não comprovaram que o preso em São Paulo é membro da Al Qaeda". As investigações da Polícia Federal sobre a atividade do libanês Khaled Hussein Ali chegaram à conclusão de que ele tem ligações com a organização terrorista Al Qaeda. A PF acredita que Khaled Hussein Ali é o responsável mundial pelo "Jihad Media Battalion", uma organização virtual usada para propagar pela internet, em árabe, ideais extremistas e incitar o povo muçulmano a combater países como os Estados Unidos e Israel. Essa organização é uma espécie de relações públicas on-line da Al Qaeda. A investigação indica que a função dele não está ligada ao braço armado da Al Qaeda e que Khaled Hussein Ali não é membro da alta hierarquia da Al Qaeda. Interceptações feitas pela Polícia Federal flagraram o comerciante libanês dizendo ser integrante da Al Qaeda. O advogado do libanês, Mehry Daychoum, diz que houve "confusão" e "precipitação" da Polícia Federal e nega relação de seu cliente com qualquer organização "paramilitar ou terrorista". Mas, esta questão é simples de resolver, basta o Gabinete de Segurança Institucional fazer uma consulta ao FBI.

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