quarta-feira, 3 de junho de 2009

Profundidade e relevo submarino podem prejudicar localização de caixa-preta do Airbus

Os franceses que investigam a queda do Airbus da Air France no Atlântico brasileiro disseram nesta quarta-feira que será difícil encontrar as caixas-pretas do aparelho e que, mesmo se achadas, talvez elas não ajudem a determinar o que aconteceu. O diretor do Escritório Nacional de Investigação e Análise, Paul-Louis Arslanian, disse que as caixas-pretas de um avião "não são a única ferramenta" usada para determinar as causas de um acidente e que, "às vezes, não contribuem com nada". "Não sou muito otimista" quanto às chances de as caixas-pretas serem encontradas, afirmou ele. Para o especialista, a profundidade do mar na região e o acidentado relevo marinho vão dificultar a localização dos dispositivos. Arslanian disse ainda que, "pelo menos por enquanto, a investigação será muito difícil". Mas destacou que, durante 40 dias, as caixas-pretas emitem sinais detectáveis a uma distância de até um quilômetro, o que pode ajudar as autoridades a encontrá-las. Para isso, no entanto, será preciso restringir de forma muito precisa a área de busca, explicou. Arslanian também afirmou que a investigação "apenas começou", motivo pelo qual ninguém pode falar das causas desta "catástrofe", "a pior" na história da aviação francesa.

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