terça-feira, 2 de junho de 2009

Receita Videversus – aprenda a fazer Ministrone com a chef de cuisine Simone Nejar


Com o frio que anda fazendo pelo País, hoje a pedida é fazer uma deliciosa sopa. A receita é de Minestrone, uma sopa italiana que pode, inclusive, ser congelada por até três meses. Minestrone é um nome genérico dado a um sopão – “minestra”, em italiano, significa sopa, e o sufixo “one” refere-se a algo grande. O sopão é espesso e feito a partir de um caldo de carne reforçado com feijões, batatas, legumes e por vezes até espaguete. Há tantas maneiras de preparar esta sopa quanto há mammas e nonnas italianas. Não existe uma receita específica para o minestrone justamente por ele ser feito com quaisquer legumes da época. Esta sopa teve origem nos lares pobres da Itália – “cuccina povera” - onde era consumida como prato principal por ser substanciosa e barata. Outro aspecto da confecção do minestrone é o fato de ser possível aproveitar sobras de ingredientes destinados a outros pratos para enriquecê-lo. São usados não só os produtos comprados para a receita, como também as sobras da despensa, os "contorni" (entornos). Portanto, improvise! Dizem que o Exército Romano marchava alimentado por minestrone feito com ingredientes sazonais e produtos secos. Quando os tomates e as batatas foram trazidos das Américas, na metade do século XVI, a sopa foi enriquecida com eles. E por falar em guerra, já que os romanos guerreavam ao sabor de minestrone, os franceses transportavam carradas de champagne em suas campanhas, na maioria das vezes. A razão de sua derrota em Waterloo, segundo as más-línguas, foi o fato de ter o exército bebido cerveja belga, já que não conseguiu champagne a tempo. No livro “Vinho e Guerra”, de Don e Petie Kladstrup, consta que “na Segunda Guerra Mundial distribuíam-se caixas de champagne aos soldados franceses para que as mantivessem perto de si nas trincheiras e conservassem seu moral alto...” Mas, voltemos ao nosso minestrone de hoje, afinal, podemos saboreá-lo com um espumante brut, que combina com tudo, desde sopas até guerras. Vamos esquentar uma panela bem grande (pode ser a de pressão), colocar um pouco de óleo e fritar meio quilo de carne em pedaços de 5 cm com uma cebola cortada em pedaços grandes. Depois vamos acrescentar meio quilo de feijão branco lavado e escorrido, um ramo de rosmaninho ou alecrim, sal e água o suficiente para cobrir os alimentos. Deixamos cozinhar na panela grande ou de pressão verificando a água e mexendo de vez em quando, até o feijão estar cozido. Misturamos quatro tomates sem pele e deixamos cozinhar mais. Juntamos três batatas picadas em pedaços pequenos e deixamos que cozinhem. Talvez seja necessário adicionar um pouco de água. Retificamos o sal. Por favor, não acrescente aqueles odiosos caldos que deixam a comida sempre com o mesmo gosto! Guarde os caldos para dias de pressa. Aqui, usamos ervas frescas e cebola. Se gostar daquele gosto, use aipo (salsão). Quando as batatas estiverem quase cozidas, juntamos um pimentão verde e um vermelho bem picadinhos. Mais uns dois minutos e está pronto. Servimos com um fio de azeite. Delicioso e reconfortante!

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