domingo, 21 de junho de 2009

Sarney admite que pediu transferência de sobrinha e nega nomeação de outros parentes

O presidente do Senado Federal, senador José Sarney (PMDB-AP), negou na sexta-feira ter conhecimento da nomeação de seus familiares por atos sigilosos editados nos últimos anos. Acredite quem quiser..... Sarney admite apenas ter pedido ao senador Delcídio Amaral (PT-MS) para contratar Vera Macieira Borges, sobrinha de sua mulher. Os demais parentes, segundo o senador, foram indicados para o Senado sem o seu conhecimento. Segundo a secretaria de imprensa, os gabinetes dos senadores responsáveis pela contratação de parentes de Sarney "têm autonomia para nomear funcionários". A nota afirma que "esses atos não passam pelo crivo da presidência da Casa" e que nenhuma das nomeações dos familiares de Sarney foi feita durante a sua atual gestão no comando do Senado. No total, chega a oito o número de pessoas ligadas a Sarney que são ou foram comissionadas em setores do Senado. A sobrinha Shirley Duarte Pinto de Araújo ficou por seis anos no gabinete de Roseana Sarney (PMDB-MA), mas deixou o cargo em abril, quando ela largou o Parlamento para governar o Maranhão. Shirley vive em São Luís com Ernane Sarney, irmão de Sarney. Também foi revelado que o irmão de Sarney, Ivan Celso Furtado Sarney, foi assistente parlamentar na Segunda Secretaria. Ele foi nomeado em maio de 2005, ainda quando o setor era comandado por João Alberto (PMDB), atual governador em exercício do Maranhão com o afastamento médico de Roseana. Ele foi exonerado em fevereiro de 2007. Também foi utilizado ato secreto para nomear a mãe de um dos netos de Sarney para trabalhar no gabinete do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA). Rosângela Terezinha Gonçalves foi contratada depois que seu filho, João Fernando Sarney, teve que ser exonerado após a edição da súmula do Supremo que proibiu o nepotismo nos Três Poderes. O pai de João é Fernando Sarney, filho do presidente do Senado.

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